Foram registradas na semana passada (dia 15) dois casos da variante Deltacron do novo coronavírus no Brasil.

Até então, a nova cepa havia sido registrada apenas em países como França, Holanda, Dinamarca e EUA.

Os casos no Brasil são região norte, um no Amapá e outro no Pará. 

A variante recebeu esse nome pois possui características de duas variantes em uma só.

Ou seja: ela é a união da Delta e da Ômicron. 

A variante Deltacron foi batizada assim pois contem características de outras variantes:

Delta e Ômicron.

É um vírus recombinante. 

Esse tipo de vírus surge quando mais de uma variante infecta e se replica em uma mesma pessoa.

Ou seja, nas mesmas células.

Por enquanto, cientistas estão chamando-a de variante híbrida.

Contudo, o nome deve mudar. 

Embora a cepa só tenha entrado em evidência agora que chegou ao Brasil, ela já havia sido identificada em janeiro de 2022.

Entretanto, sua aparição é bastante rara.

Embora exista um alarde ao redor do surgimento dessa nova cepa, muitos cientistas afirmam que ela não é uma preocupação nova. 

Afinal, cientistas já previam a possibilidade do surgimento de vírus que fossem recombinantes. 

Ou seja, que possuem pedaços de diferentes variantes. 

A principal questão sobre a Deltacron é bastante clara: 

Afinal, é preciso se preocupar com ela?

Felizmente, a resposta é não!

Isso porque seu genome sugere que ela não é capaz de criar uma nova fase da pandemia. 

A explicação para isso é óbvia. 

Afinal, a defesa que as pessoas adquiriram contra a ômicron por meio de infecções, vacinação ou ambas as situações funciona bem contra essa cepa.

Isso porque a proteína de ligação com as células da Deltacron é como o da ômicron.

Já o restante do genoma é da delta.

Assim, como o vírus evolui e a cepa dominante no mundo hoje é a ômicron, a tendência é que casos de Deltacron sejam cada vez mais raros. 

Além disso, em casos de infecções elas devem ser brandas, afinal, tanto a ômicron quanto a delta são bem suprimidas pelas vacinas disponíveis atualmente. 

Por isso, não há motivos para alarde, tampouco preocupação.

Como ainda estamos em uma pandemia que assola o mundo há mais de dois anos, esse tipo de mistura de variantes é algo comum e esperado.

Um fenômeno não previsto pelos cientistas tem se tornado comum na pandemia de covid-19.

Trata-se da superimunidade. 

A condição é o resultado da união de dois fatores específicos no mundo atual: a vacinação e a infecção pelo sars-cov-2.

Inclusive, a superimunidade é outro fator que tranquiliza as autoridades com relação ao surgimento da Deltacron. 

Saiba mais sobre essa condição.